Organizado para pedir a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista, o ato que desencadeou o uso das Forças Armadas em Brasília terminou com ao menos 49 pessoas feridas, prédios depredados, pontos de ônibus destruídos, fogo ateado em banheiros químicos e manifestantes presos. Por conta da ação, na qual dois ministérios - Agricultura e Saúde - acabaram parcialmente incendiados, Temer publicou decreto convocando as Forças Armadas para conter o tumulto e "garantir a lei e a ordem no Distrito Federal". Até as 20 horas desta quarta-feira (24), a Secretaria de Segurança do Distrito Federal não havia informado o efetivo usado pela polícia. Números oficiais indicavam os 49 feridos, entre eles, um por arma de fogo, confirmado pela secretaria. O repórter fotográfico Wilton Júnior, do jornal O Estado de S.Paulo, foi atingido por estilhaços de uma bomba. Foram detidas sete pessoas. O ato começou de forma pacífica ao meio-dia. Menos de três horas depois o cenário era totalmente distinto, com confronto entre a Polícia Militar e um grupo de black blocs. A transformação do ato pacífico em violento começou quando um grupo de mascarados, descontente com um bloqueio formado pela PM em uma área mais próxima do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, começou a jogar garrafas plásticas e pedaços de madeira. Embora a ação fosse de um grupo restrito, a reação da polícia foi generalizada. Àquela altura, conforme a PM, o protesto reunia cerca de 35 mil pessoas, mobilizadas por nove centrais sindicais.
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