Depois de enfrentar a pior notícia que um pai pode receber, que é a morte de um filho, o investigador da Polícia Civil, João Batista de Oliveira, decidiu divulgar um áudio alertando sobre o perigo de usar o WhatsApp enquanto se dirige.
Ele perdeu a filha, a universitária Yhara Macedo Pereira, 24 anos, em um acidente de carro no último dia 22/12. Ao manusear o celular da jovem, ele descobriu que ela havia visualizado uma mensagem de WhatsApp às 18h35, no mesmo momento da batida.
Yhara seguia pela BR-393, a rodovia liga Cachoeiro de Itapemirim a Muqui, quando perdeu o controle do carro, um Ford Ka preto, invadindo a contramão. O carro dela saiu da pista, capotou e só parou no meio de um pasto, com as rodas para cima. A jovem morreu no local.
Com a voz ainda embargada, João Batista começa o áudio dizendo que sente o dever de alertar as pessoas: “Para orientar os filhos, marido, esposa para não usarem o WhatsApp quando estiverem dirigindo, pois além de ser uma infração gravíssima, pode causar acidente como o que aconteceu com a minha filha”.
Para a reportagem, João Batista explicou que estranhou o acidente, pois ocorreu numa reta, não havia marcas de frenagem e nem informação de animais na pista. “Aquilo me deixou na dúvida e procurei descobrir o que aconteceu. Tenho certeza absoluta que ela pegou o celular para visualizar uma mensagem e acabou se acidentando. Perdi a minha filha por causa do WhatsApp”, destacou.
O policial civil disse que enviou o áudio para um grupo de amigos do seu bairro e acredita que as pessoas compartilharam com outros contatos do aplicativo. “Não quero que isso ocorra com outras pessoas, pois a dor que estou sofrendo não desejo que ninguém mais passe”, disse.
Yhara trabalhava na área administrativa de uma cooperativa de transporte da Região Sul. Cursava o quinto período da faculdade de Administração. No dia do acidente, a jovem seguia para a casa da avó, onde passaria o final de semana. Ela deixou uma filha de cinco anos.
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