A mula de uma fazenda na zona rural de Ilhéus morreu após contrair mormo, uma doença que não era registrada na Bahia há cinco anos. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), o animal ficava com outros dez cavalos e mulas que precisaram passar por exames, mas ainda não há detalhes sobre os resultados das análises. A doença, conforme a agência, não tem cura e pode ser transmitida para humanos. “O mormo é uma doença bacteriana, a Burkholderia mallei. Ela pode ser transmitida de um animal doente para um animal sadio através das secreções das descargas nasais que contaminam o alimento e a aguada”, explicou Luciano Santana, veterinário da Adab. Por conta da morte da mula, os técnicos da Adab intensificaram as visitas nas fazendas da região para saber se existem novos animais com mormo.
A mula que estava infectada com a doença e morreu precisou ser incinerada. Além disso, a propriedade foi desinfectada para que outros animais e os trabalhadores da fazenda não corram o risco de serem contaminados. O mormo em equinos foi considerado extinto no Brasil, no entanto, estudos sorológicos realizados nos anos de 1999 e 2000 detectaram a presença de focos da doença em alguns estados do nordeste brasileiro. O primeiro caso na Bahia foi registrado em Feira de Santana, há cinco anos. A infecção nas pessoas é rara. Em caso de infecção por mormo os sintomas em humanos são febre alta, tremores, suor excessivo, sensibilidade a luz, dor no peito, rigidez muscular, sangramento no nariz e perda de peso progressiva. É importante que os donos dos animais procurem a Adab em casos suspeitos da doença em animais. Segundo a agência, não existe vacina contra o mormo. A recomendação é redobrar os cuidados, um deles é, na hora da compra, exigir o exame negativo para a doença. “Não se deve comprar, nem vender animal, sem as medidas legais”, alertou o veterinário Muniz Júnior. // Giro em Ipiaú
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