Magistrada foi ao encontro acompanhada de uma amiga, que é garota de programa. Caso ocorreu em abril, no DF, e segue em segredo de justiça. Vereadores são de município do RJ.
A 5ª DP do Distrito Federal quer ouvir três vereadores de Piraí, município do Sul Fluminense, suspeitos de envolvimento na agressão a uma juíza arbitral durante uma orgia num hotel em Brasília, em 23 de abril deste ano. Os vereadores deverão ser ouvidos por meio de uma carta precatória — instrumento usado pelo delegado para pedir que a polícia de outro estado ouça testemunhas ou envolvidos num crime —, que será enviada à Polícia Civil do Rio. A Câmara de Piraí é composta por 11 vereadores. Até agora, a polícia de Brasília ouviu a juíza e uma amiga, que é garota de programa e a acompanhou no encontro com os vereadores, além da recepcionista do hotel onde ocorreu o fato. O delegado chefe da 5ª DP, Rogério Henrique Oliveira, prepara a carta para que a polícia possa prosseguir com a investigação.
“Conversamos com a amiga da juíza e a recepcionista do hotel, e elas confirmam os acontecimentos. O laudo provisório do IML indica que ela teve uma lesão grave. Estamos esperando o laudo complementar, que pode indicar uma lesão gravíssima. Ela está com três dedos da mão que não se movem. Pelo que eu vejo do caso, tendo a acreditar na versão dela”, explica o delegado. “Agora, a investigação demanda auxílio da Polícia Civil do Rio, já que os investigados residem no estado”.
A juíza conta que ela e a amiga foram abordadas por dois vereadores. A amiga foi contratada por um deles e a juíza estava ficando com o outro vereador. Segundo a juíza, o quarteto foi para o hotel onde os três vereadores estavam hospedados — ocorreu naquele período, no Distrito Federal, a XV Marcha dos Vereadores. Um deles e a garota de programa foram para o banheiro da suíte, enquanto a juíza e o outro vereador ficaram no quarto. Ela conta que, em certo momento, o terceiro vereador apareceu e ela esperou que ele fosse embora.
No entanto, os dois vereadores começaram a se beijar e tirar as roupas, de acordo com a juíza, e a chamaram para participar da orgia. No momento em que ela se negou, as agressões começaram. A vítima conta que um dos vereadores acertou um tapa na sua orelha, o que causou uma hemorragia. “Eu nunca imaginei que isso poderia acontecer. Eles pareciam pessoas normais, a conversa estava boa, divertida. Mas o vereador não foi só um louco: todos eles me bateram e ninguém fez nada”, explica ela.
Com o barulho, o vereador e a garota de programa saíram do banheiro. Quando a amiga viu o que estava acontecendo, se vestiu e saiu correndo. Logo depois, o vereador que estava ficando com a juíza deixou o local, alegando que o clima havia sumido, relata a vítima. O vereador que estava no banheiro, antes de partir, acertou outro tapa na juíza, e ela ficou sozinha com o terceiro vereador. A vítima diz que o principal alvo do vereador era o rosto dela, e que ele chegou a desfigurar sua face. O braço da juíza foi quebrado e, atualmente, está com uma fibrose. Em certo momento, ele a ameaçou com uma faca, dizendo que beberia o sangue dela: “Enquanto ele me batia, ele gritava que eu era lindíssima, que ele também era e que o nome dele era Paloma, que eu não o conhecia. Foi um pesadelo. Ele me bateu muito”.
Ela conta também que, logo após o acontecimento, o advogado do vereador a procurou para que ela permanecesse calada. A juíza, porém, não aceitou. Desde então, não foi mais procurada: “Foi Deus que, naquele momento, não permitiu que ele me matasse. Ele tinha a faca contra o meu pescoço e eu estava completamente imóvel”. Em maio, a Câmara Municipal de Piraí divulgou uma nota a respeito do caso: EXTRA
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