A Polícia Federal deflagra na manhã desta terça-feira (8) a Operação Hefestus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que vende armas de armas de fogo ilegalmente na Bahia. Sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana e Serrinha.
A investigação aponta que o grupo fraudava processos administrativos de aquisição e registro de armas de fogo da própria Polícia Federal. A organização contava com o auxílio de uma loja de armas legal, além de despachantes, instrutores de tiro e até mesmo servidores públicos. Um deles é integrante da própria Polícia Federal, conforme a investigação.
A loja de armas, sediada em Feira de Santana, vendeu, em um um ano, mais de 50 armas de fogo sem autorização da Polícia Federal. Durante as investigações, a PF recuperou sete pistolas vendidas ilegalmente para os beneficiários do esquema na Bahia. Os demais detentores das armas adquiridas irregularmente já foram identificados, o que deve levar à recuperação dos produtos, de acordo com a polícia.
Os envolvidos responderão por crimes, como integrar organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, inserção de dados falsos em sistemas de informações e falsidade ideológica. As penas dos crimes, se somadas, podem chegar a mais de 30 anos de prisão.
Também foi determinada pela Justiça Federal a suspensão do exercício da função pública dos servidores públicos envolvidos no esquema e das atividades econômicas da loja. Um instrutor de tiro que fornecia comprovantes falsos de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo para pessoas que não realizavam os testes necessários também teve a atividade suspensa.
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