terça-feira, 8 de dezembro de 2015

SECA EM FEIRA DE SANTANA E ITABUNA

Estiagem afeta pelo menos oito distritos na zona rural de Feira, a 108 km de Salvador - Foto: Luiz Tito l Ag. A TARDE
Perdas nas lavouras e dificuldades de abastecimento de água na zona rural levaram Feira de Santana (a 110 km de Salvador) a decretar situação de emergência devido à seca, que impacta, sobretudo, oito comunidades. Agora, o município espera o reconhecimento do estado e da União para receber ajuda no atendimento à população.
A busca de recursos para viabilizar ações de enfrentamento à estiagem é, justamente, uma das principais missões do governador Rui Costa em Brasília hoje (leia mais ao lado). Na Bahia, 151 municípios já tiveram reconhecida, pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), a situação de dificuldades de sobrevivência por causa da seca que atinge 1.512.220 pessoas.
Em Feira de Santana, a estimativa é que 40 mil estão com a vida prejudicada devido à seca nos últimos meses, com destaque para os distritos de João Durval Carneiro (Ipuaçu), Bonfim de Feira, Maria Quitéria, Humildes, Tiquaruçu, Jaíba, Jaguara e Matinha.
"Aqui (fazenda Crueira de Bonfim de Feira) não temos água tratada em casa. Pegamos de uma aguada esverdeada, que já está quase seca, também usada pelos animais", afirmou a aposentada Eduarda Lobo, 70.
Margarida Santana, outra moradora, afirmou que as cisternas construídas pelo governo federal estão secas. "Esperamos os carros-pipa para amenizar a situação, que está muito ruim este ano. Dá tristeza e preocupação saber que os piores meses de estiagem ainda chegarão", disse, emocionada.
Em Bonfim de Feira, Guilhermina não tem opção e usa água barrenta para os afazeres domésticos
Em Itabuna
No município do sul baiano, onde não chove há 120 dias e a seca atinge os principais rios (Colônia, Cachoeira e Almada) que abastecem a cidade, também foi decretada situação de emergência.
Segundo o prefeito, Claudevane Leite, a falta de chuvas prejudica a captação, tratamento e distribuição de água, além de comprometer o funcionamento de equipamentos e estabelecimentos públicos, como hospitais, creches e escolas.
Conforme a Defesa Civil, 37.190 pessoas estão sofrendo com o racionamento, e o decreto, com validade de 180 dias, dá permissão aos gestores para captar água em propriedades particulares e distribuir à população.
A situação de emergência em Feira de Santana e Itabuna ainda está em processo de reconhecimento, por isso os dois municípios não constam na lista da Sudec.

Nenhum comentário:

Postar um comentário