Até chegar ao papa, o disco de Targino percorreu um longo caminho. "Fomos trabalhando o CD em paróquias, eventos católicos e, na festa da padroeira de Juazeiro, Nossa Senhora das Grotas, fui tomar um café com o bispo, dei o disco para ele e disse: 'Imagina se esse cd chegar para o papa'. O bispo enviou o disco ao Vaticano e na última quinta ele me ligou, dizendo que tinha uma surpresa pra mim", diz Targino.
Na carta, o Monsenhor Paolo Borgia afirma que "foi-me confiado certirficar-lhe de que Sua Santidade o Papa Francisco apreciou este sinal de devotamento e não deixará de implorar para o senhor e a todas as pessoas que lhe são caras as mais seletas graças divinas". A correspondência ainda diz que "o Santo Padre concede-lhes uma propiciadora Bênção Apostólica, pedindo também que não se esqueçam de rezar por ele".
Canções Divinas
Apesar de ter sido lançado em 2014, Targino conta que já tinha a ideia de gravar um disco de canções católicas há cinco anos. "A ideia sempre ficava pra depois, mas como minha mãe é muito católica, todo ano ela me cobrava. Quando o papa veio ao Brasil, em 2013, aquilo me emocionou de uma forma poderosa, e resolvi enfim gravar o CD", conta o sanfoneiro.
O álbum é recheado de clássicos ligados à fé católica, que foram “nordestinizados”, como “Súplica Cearense” (Gordurinha e Nelinho ), “Ave-Maria Sertaneja” (com citação da Ave Maria de Gounod) de Júlio Ricardo e “Romaria” de Renato Teixeira. Nele também existe uma homenagem ao sumo pontífice com a canção batizada de “O Papa Francisco” (Targino Gondim e Wilson Duarte)
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