sexta-feira, 8 de abril de 2016

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS RETROCEDE A NÍVEL DE 2003

Em meio à baixa demanda por veículos no Brasil, as montadoras instaladas no País terminaram o primeiro trimestre de 2016 com o menor nível de produção para o período em 13 anos. Foram 482.290 unidades produzidas de janeiro a março deste ano, em soma que considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou nesta quarta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O número representa queda de 27,8% em relação aos primeiros três meses do ano passado.
Só em março, 195.179 unidades saíram das fábricas, recuo de 23,7% em comparação com igual mês de 2015. Na comparação com fevereiro, no entanto, houve alta de 42,6%, em razão do maior número de dias úteis em março. Algumas montadoras estenderam o feriado do Carnaval em fevereiro para reduzir a produção e ajustá-la à baixa da demanda.
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 462.838 unidades nos primeiros três meses de 2016, baixa de 27,3% ante igual intervalo de 2015. No mês de março, a produção alcançou 187.964 veículos, retração de 23,5% em relação a março de 2015, porém crescimento de 44,5% ante o volume do mês anterior.
Entre os pesados, foram 15.113 caminhões vendidos no primeiro trimestre, queda de 35,2% em comparação com igual período do ano passado. No terceiro mês do ano, a produção atingiu 5.661 caminhões, baixa de 23,2% ante março do ano passado, porém alta de 6,9% sobre o resultado de fevereiro. No caso dos ônibus, o primeiro trimestre terminou com a produção de 4.339 unidades, recuo de 43,5% ante os primeiros três meses de 2015. Março, sozinho, somou 1.654 unidades, queda de 40,6% sobre o resultado de igual mês do ano passado, mas crescimento de 9,6% em relação a fevereiro.
Com o corte na produção, as demissões continuaram nas montadoras. Só em março, 1385 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 11,1 mil vagas a menos. Com isso, a indústria conta hoje com 128.477 funcionários, recuo de 1,1% em relação ao nível de fevereiro e baixa de 8,8% em comparação com o patamar de março do ano passado. (AE)

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