A indústria de calçados Vulcabras/Azaleia, que chegou a empregar 23 mil funcionários em Itapetinga e região, pode demitir nos próximos dias cerca de 2 mil funcionários na sua fábrica no município baiano, instalada a partir de 1997, com o apoio decisivo do ex-governador Paulo Souto.
De acordo com fontes ligada à empresa, aconteceu uma reunião na fábrica, quando os supervisores foram informados da decisão da direção da indústria, o que causou apreensão e medo. Mesmo com a redução drástica do seu quadro de funcionários a partir de 2011, a Azaleia ainda conta com cerca de 4.500 colaboradores, na sua planta em Itapetinga.
Entre 2011 e 2012, quando contava com 23 mil empregados, a Azaléia fechou 18 filiais em cidades da região, o que resultou na demissão de cerca de 17 mil empregados, devastando as economias das cidades de Itapetinga, Itororó, Itambé, Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Macarani, Firmino Alves, Ibicuí, Iguaí e Caatiba.
O Sudoeste Hoje antecipou o fechamento das fábricas com 30 dias, alertando sobre o iminente desastre, mas nenhuma autoridade moveu uma palha para evitar as demissões. O prefeito Zé Carlos chegou a desmentir a informação, chegando a dizer que se tratava de “terrorismo de um certo blog”, mas tudo se confirmou e as fábricas foram mesmo fechadas.
Com o tempo e muito esforço dos seus prefeitos, a maioria das cidades da região conseguiram atrair novas indústrias para ocuparem os antigos galpões abandonados pela Azaléia, recuperando parcialmente as suas economias.
Surpreendentemente, o prefeito de Itapetinga, que é governista de carteirinha, não atraiu nenhuma fábrica para o município, e os galpões da SUDIC continuam vazios, apesar das reiteradas promessas.
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