terça-feira, 27 de outubro de 2015

BANCÁRIOS ENCERRAM GREVE NA BAHIA

ASSEMBLEIA FOI REALIZADA NA NOITE DESTA SEGUNDA-FEIRA (26), EM SALVADOR. APENAS BANCO DO NORDESTE NÃO VOLTA ÀS ATIVIDADES NA TERÇA-FEIRA (27).
Após 21 dias de paralisação, trabalhadores de bancos públicos e privados na Bahia decidiram encerrar a greve no estado. O retorno aos trabalhos foi decidido em assembléia ocorrida na noite desta segunda-feira (26), no Ginásio de Esporte da categoria, na Ladeira dos Aflitos, em Salvador. Apenas o BANCO DO NORDESTE rejeitou a proposta apresentada pelos empresários e permanece com as atividades paralisadas. Conforme o Sindicato dos Bancários na Bahia, o restante das agências
serão reabertas na terça-feira (27).
De acordo com GERALDO GALINDO, diretor do sindicato do Banco do Nordeste na Bahia (BNB), os trabalhadores seguem a mesma decisão dos bancários do Ceará, estado que concentra a maior base da instituição financeira do BNB no país. "Temos questões peculiares históricas relacionadas a plano de saúde, plano de previdência e plano de cargos e remunerações", resume.
O encerramento da greve nos demais bancos foi decidido de forma gradativa em assembléia. Primeiro, foi aprovado o fim do movimento nos bancos privados. Por volta das 20h, os bancos públicos integraram a pauta de votação. O resultado final saiu por volta das 21h. Bancários de vários outros estados do Brasil também optaram por retornar ao trabalho após assembléias nesta segunda.
Durante o período em que os trabalhadores paralisaram as atividades, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas em todo o Brasil chegaram a fechar as portas. Na Bahia, mais de mil unidades suspenderam o expediente.
O fim da greve foi uma recomendação do Comando Nacional dos Bancários, que sugeriu que a categoria aprovasse a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O órgão, após várias negociações, ofereceu reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação. A proposta foi apresentada na última rodada de negociações, no dia 23.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.




Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários. Depois, os bancos fizeram nova proposta de reajuste de 8,75%, mas também foi rejeitada pelos trabalhadores.

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